Acir Gurgacz: quem não produz tem saudade da inflação
09/05/2011 - 14h55
Acir Gurgacz: quem não produz tem saudade da inflação
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse nesta segunda-feira (9) que participou na semana passada de uma rodada de debates, realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), sobre a alta no preço do etanol. Ele assinalou que os preços da gasolina e do álcool influenciaram os índices de inflação, elevando os índices.
Acir Gurgacz disse que para as novas gerações é difícil entender como é viver num ambiente de inflação alta e descontrolada, como o Brasil viveu por décadas, e para as gerações mais antigas, a ameaça da volta da inflação é "assustadora". Ela salientou que nem todos pensam assim, pois houve quem ganhasse com a inflação e sente falta daquele tempo.
- É gente que não produz, que não põe a mão na massa e vive apenas de fazer especulação financeira. O Brasil não pode voltar mais a esse tempo. Os governos dos presidentes Itamar Franco, FHC e Lula fizeram sua parte, batalhando contra a inflação e esse império da especulação, e o país venceu. Mas a luta não foi vencida para sempre e isso requer uma alma vigilante de cada brasileiro e principalmente de nossos governantes - afirmou.
Código Florestal
O senador também destacou a votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados e disse que a decisão sobre as relações do país com o seu meio ambiente não deve sofrer interferências de grupos e de interesses estrangeiros. Segundo ele, a agroindústria estrangeira esconde sua incapacidade de concorrer com o Brasil atrás de um discurso ambientalista.
A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) disse, em aparte, que os produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão preocupados com a demora do Congresso Nacional em votar o Código Florestal. Ela ainda disse que o governo federal não toma providências contra as barreiras impostas pela Argentina aos produtos brasileiros, porque chegam ao mercado, a cada mês, 100 mil toneladas de arroz argentino.
- Poderia muito bem o governo suspender temporariamente essas importações para tornar o mercado mais equilibrado - afirmou.
Agência Senado
